quinta-feira, 17 de maio de 2018

Jogue mais, narre melhor... e vice-versa (ou: como jogar RPG melhor)?

Olá a todos, amigos rpgistas. Tudo bem? Comigo não, mas enfim, vamos direto ao tema a ser debatido hoje: jogar mais rpg. E isto não se relaciona com, necessariamente, quantidade.

Da arte da quantidade

Ainda está para nascer alguém que entenda mais de qualidade que os Russos

Apesar de tudo, quantidade ainda importa. Ao se jogar mais, interpreta-se cada vez melhor, as regras são melhor entendidas e, claro, têm-se boas ideias de campanha. Se seu mestre jamais explorou uma campanha marítima, faça isto. Se ele nunca fez um hexcrawl, jogue isto. Caso nunca tenha sido ousado ao ponto de botar mistério, tente, você se conhecerá melhor,como narrador.

Por outro lado, se você for um jogador mais assíduo, ao narrar campanhas diferentes ,em cenários diferentes, em sistemas diferentes, com focos diferentes, você conseguirá atingir um maior grau criativo: ao interpretar tantas PNJ, suas vozes tornar-se-ão mais diferenciadas (para facilitar a imaginação de cada jogador), treinará personalidades diferentes e faces diferentes, além de expressões corporais diferentes (mesmo que esteja jogando via texto, recomendo que treine isto... e se lhe pegarem, fale que está fazendo teatro pela internet, sua família vai lhe achar ou culto, ou, infelizmente, vagabundo).



Ars Qualitativa 

As facas dos anos 2000 aprovam esta arte!

 

Agora, meu camarada, vamos ao ponto central... jogue BEM! NARRE BEM!
 Narrar bem é diferente de narrar muito! "Ain, Bernardo, oque é narrar bein?" Simples: é narrar de uma maneira que
a) Não seja cansativa
b) Seja estética (estética é diferente de bela)
c) Que seja imerssiva
d) Que seja empolgante.
Tais fatores serão destrinchados futuramente, em oturas postagens... mas o básico que posso dizer é o seguinte:
Narre de maneira criativa: use figuras de linguagem (metáforas, prosopopéias, sinestesia... e você não prestou atenção nas aulas de português, né? Normal, bom... na dúvida... google it), libere a narrativa para seus jogadores! Se estiver em uma campanha de alta fantasia... exagere! Uma de espada e feitiçaria? Descreva a beleza e a feiura em todos os atos (ataques covardes são bem... covardes, feios, sujos, nojentos, incescrepulosos... quanto mais palavras difícies usar, melhor)! Se estiver narrando fantasia trágica, exagere nos sentimentos e nas faces horrorizadas! Seja um ator (as dicas anteriores também são válidas)!

 Já jogar bem... aí as coisas complicam. Jogar bem não é necessariamente interpretar bem... tampouco combar um bocado e se achar o f#@#@3... é saber sse divertir!
Ok, Bernardo.... você falou nada com PN... explane, sim?

Certo: saber se divertir é diferente de só "se divertir". Saber se divertir é saber que L5R não é D&D com Katanas, saber que se você está jogando Espadas Afiadas e Feitiços Sinistros... é pra morrer. E que Tormenta foi feito para ser Overpowerd. Saber se divertir é se adaptar a cada sistema que joga, e não... estragar? (É o único jeito amigavél à família de se falar disto) A mesa do mestre. Se você quer fazer um personagem sombrio numa maldita mesa de Dragon Ball... algo está errado!

Por fim... a variedade! 

"Num exército é preciso que a infantaria, a cavalaria e a artilharia estejam em justas proporções, pois as armas não se suprem nunca umas às outrás; será necessário sempre ter quatro peças de artilharia por cada mil homens, e uma cavalaria equivalente à quarta parte da infantaria". Podem falar o quê quiser, mas este cara manjava de variedade.

Numa mesa, é normal jogarmos com as nossas classes de personagem favoritas! Eu mesmo, quando vou jogar algum rpg novo de fantasia medieval... everedo, normalmente, pelo mago (ou guerreiro... mas nem curto a classe, é porque eu gosto de ter várias armas), mas é sempre bom experimentar coisas novas (Como dito anteriormente). Não só experimentar coias novas... fuja da caixa, total! Você odeia muito jogar de Brujah, pois acha que eles transformam Vampiro em "D&D Edgy"? Experimente! Dê uma chance!
Mas isto não quer dizer que você deva abandonar suas raízes! Como o próprio Poleãozinho falou, a infantaria (o corpo do exército, a parte maior e mais importante), deve ser a sua maior arma. Se aprimore no que é bom! Leia mais coisas de que você gosta como inspiração... mas se dedique ao resto em uma boa proporção! Você não curte tanto assim mistério, mas quer narrar uma campanha de ladinos? Ora bolas, leia um pouco de Agatha Christie, garanto que será uma boa inspiração. Gosta um pouco mais de distopias cyberpunks? Leia um bocado disto, e troque distopia cyberpunk por distopia de magos insanos presos em templos caóticos, que sacrificam virgens para o jantar!


 E lembrem-se: mistureba SEMPRE É LEGAL! 

Bom, isto é tudo, pessoal! Espero que tenham gostado!

 


sábado, 10 de fevereiro de 2018

A importância da geografia

Olá meus 1d2+1 leitores, tudo bem com vocês? É, faz tempo que eu não posto, não é? Eu sei, sei. Para desculpar-me vou trazer aqui um artigo sobre algo que acho interessantíssimo,a  geografia de seu cenário.
 É muito comum, nós, mestres, nos depararmos com o clássico ambiente de "floresta, floresta, bosque, ocasional campina, floresta, flroesta, colina, colina, montanha, grande cordilheira de montanhas, deserto, rio, rio, oceano único". Ou seja, uma geografia genérica, com apenas uma cordilheira de montanhas num continente (que as vezes é enorme), apenas um grande deserto, e muitas, mas muitas, mas MUITAS florestas temperadas, daquelas que as folhas caem no outono.
Isto não tem problema, a príncipio. As histórias de fantasia que temos são recheadas de eventos assim,certo?
POR ISTO MESMO QUE DEVEMOS INOVAR! Algo usado excessivamente por muito tempo torna-se massante. Além de que, com o tempo a geografia pode ficar incoerente. Deserto atrás de florestas tropicais? Montanhas próximas ao centro de um continente não-peninsular? Isto não é um pouco estranho?
Talvez eu seja chato, porque gosto de geografia física, mas o relevo ser veromissível para mim importa... e muito. Até mesmo, e principalmente em cenários fantásticos. Oras, se o dragão azul controla os ventos, então faça com que aquela região seja anomalamente anti-geográfica. Não tem impacto algum colocar uma montanha gelada num deserto para esconder seu dragão branco se coisas assim ocorrem o tempo todo na campanha.

Usarei um cenário meu como exemplo:

Viram como o cenário é geograficamente certinho? O deserto é praticamente continuo. Quando não é, existem brrreiras naturais para impedir que a massa de ar seca vá para la, como a umidade da região semi úmida de Calisto.   Aquela região desértica, entretanto, fica no meio de duas regiões úmidas, ela não deveria ter água? Sim, deveria, mas pode não ser um deserto convencional, e sim um de sal! Como o Salar do Atacama. Talvez mesmo sem a representação de colinas, o relevo de Créticia seja levemente malemonar, e a frente úmida de Ganímedes não, ou mal, consegue passar por ela. Ou, talvez, haja alguma magia antiga que permuta a área para esta condição desolada! Seja qual for a opção, eu, particularmente, acho todas criativas.

Outra questão referente à geografia é em escala nacional. Está bem que normalmente as nações de nossos mundos de RPG, elas são pequenos, e normalmente "européias". E seu clima e relevo também o são. Isto gera o famoso efeito 'só tem árvore e montanha nessa p#!@ !" Isto realmente pode ser um pouco chato, com tantos biomas de fauna e flora por aí espalhados pelo mundo. Pântanos americanos,  Tundras e Taigas Russas. A Mata dos Cocais, endêmica do Brasil! As savanas africanas, o cerrado, a Caatinga, os mangues do Vietinã e do Recife! Os desertos de gelo ártico, que não são só um continente gelado. Vulcões! Acho que deu pra entender né?


Da geografia humana e geopolítica

 Este cenário, que eu lhes mostrei (ainda vou complementa-lo. Faria isto, mas a porcaria do Inkarate não salvou. Perdi tudo e broxei, mas em breve irei explicar sobre os três grandes continentes de meu mundo), eu pensei em uma proposta "Um mundo árabe. Um mundo em guerra. Um mundo no fim. Um mundo no começo". E isto se refletiu nas  relações políticas do mundo. Primeiramente eu já decidi que iriam ter várias formas de governo: e há. Não há só monarquias absolutistas genéricas. Cada local tem sua personaldiade. Melüksel, é uma monarquia absolutista, mas nos moldes teocráticos. A Faraoa (nome ~não condizente com a realidade, mas eu acho mais legal que "Rainha") é uma escolhida de Elli.  As Repúblicas Unidas de Saamed são repúblicas presidencialistas. O Império dos Humanos é uma monarquia absolutista, mas não teocrática, onde o Sultão se proclama o "Defensor da Fé"! E assim vai.

Sendo assim, o mundo, como eu quis que fosse, está em guerra. Ettp vive em guerra civil. O império Órquico são belicosos expansionistas, mas que perderam muito poder  devido a péssiam administração interna... mas quem disse que os outros países sabem disso?

Enfim, acho que deu para entender o quê eu quis falar. Espero que seja útil... até mais!